Boa madrugada, queridos!
 Como vão todos? Sim, sim. Eu estou a meia vida sem postar, eu sei. Em minha defesa, agora estudo a noite e estou tendo problemas para conciliar estudos e vida social, o que significa que é difícil arranjar tempo para escrever em um blog quando você está entre bebidas e a Constituição Federal.
Enfim... estou aqui porque esses dias eu consegui baixar uma quantidade significativa de filmes no meu computador, o que me deu a ideia de falar sobre certos filmes que, apesar de desconhecidos, eu acho completamente maravilhosos e acredito que, embora não tenham ganhado nenhum Globo de Ouro ou um Oscar da vida, deixam a cabeça das pessoas meio confusas, apaixonadas ou extremamente tristes, porque te tocam das formas mais íntimas e maravilhosas possíveis e imagináveis. Entendam que, nem todos esses filmes tem as melhores críticas, os melhores diretores ou os melhores enredos, mas cada um deles passa a mensagem que quer de uma forma direta, sem rodeios e falam sobre coisas que todo mundo quando está em uma fase confusa, apaixonada ou solitária deveria ouvir e entender.
1) Two Nights Stand



 Certo, esse filme eu assisti três vezes só essa semana. O enredo é sobre uma recém-formada estudante de medicina desempregada e que acabou de sair de um noivado com o rapaz que ela namorava desde o colegial.
 Em uma noite ela decide abrir uma conta em um site de relacionamentos e conhece um rapaz muito legal, logo ela vai para o apartamento dele para uma saída de uma noite só, mas após a transa eles tem uma briga e, quando ela tenta sair da casa do rapaz ela se depara com uma porta congelada. Surpresa! Uma nevasca os deixa presos durante todo o fim de semana e, aproveitando essa oportunidade, eles decidem fazer uma experiência onde apontam os defeitos de cada um na cama e depois tentam resolver. Ótimo jeito de passar o fim de semana, não é? também acho.
 Enfim, o que eu mais adoro nesse filme é a forma como eles falam do futuro. Ela acabou de se formar em medicina e odeia o fato de ter esse diploma porque não gosta de medicina.
 Eu acho que essa garota é uma heroína porque muitos jovens fazem coisas que não gostam porque é preciso. Faça uma carreira, tenha seus filhos, case com um bom homem, fique preso no escritório o dia inteiro... O filme bate em um fato em que penso todos os dias: será que nós realmente temos que trabalhar com o que gostamos? Quer dizer, se você gosta do seu trabalho ótimo, você foi um dos sortudos. O resto de nós que precisamos de um bom diploma para conseguir um bom emprego e tentar ter uma vida decente em um país como o nosso precisamos fazer algumas coisas das quais não gostamos para que o dinheiro possa vir e nós possamos fazer nossas viagens e nossas fotografias.
 Além desse detalhe, também me vem o fato de que as pessoas fazem muita besteira por paixão. O filme me fez lembrar o porque eu ainda acredito em toda aquela bobagem de amor a primeira vista e afins. Eu gosto de pensar que existe um pouco dessa magia no mundo e que, em poucos casos, pode acontecer de ser amor de verdade, sem todo o ceticismo daqueles que acham que casamento não dura para sempre e etc. Gosto de pensar que o amor é tudo aquilo que a gente vê nos filmes da Disney. Podem me crucificar por isso mais tarde.

2) As vantagens de ser Invisível


Quem não viu esse filme precisa assisti-lo agora! Todo adolescente precisa ver e ler essa obra para saber que não está sozinho no mundo e que é normal que nessa idade ninguém nos entenda e que todos nos achem loucos. É normal. Ser louco depende muito do contexto, se vocês querem saber.
 O filme conta a história de Charlie, um rapaz que acaba de entrar no colegial e que tem problemas de depressão muito sérios. Ele conhece Sam e Patrick na escola, amizades que o guiam entre os altos e baixos de sua vida.
 Eu precisei parar para ver esse filme novamente só para descrever a vocês a sensação que eu tenho quando admiro o que essa história tem para oferecer a todo mundo.
 Além de ter uma das melhores trilhas sonoras que eu já ouvi, As Vantagens de Ser Invisível mostra a dificuldade de se manter segredos, os problemas que você pode ter consigo mesmo todos os dias e ressalta principalmente que, não importa o quão ruim é o seu passado, todo mundo pode passar por cima de antigas dificuldades e fazer o melhor do seu futuro.
 Acima de tudo mostra o que é amizade em si. Eu posso dizer que tenho amigos. Não são muitos, mas são poucos e bons amigos. Pessoas que estão ali comigo a qualquer momento e que me entendem porque eu posso ser o pior ser humano do mundo de vez em quando. Amizade que ultrapassa toda aquela besteira de ter que dar bom dia ou ser legal com todo mundo toda hora. A vida é ruim e as pessoas ao seu redor sabem disso.
 Também explica bastante o porque que os relacionamentos que dão errado em nossa vida tem sempre um motivo especifico. Não é exatamente isso que fala, mas o que eu pude entender é que nós escolhemos o espelho de nós mesmos para amar e, quando não nos apreciamos, não acharemos pessoas que irão faze-lo.
 O filme é uma adaptação do livro de Stephen Chbonsky, o qual é tão incrível quanto sua versão para o cinema e tem umas explicações melhores e partes bem mais intrigantes.

3) God Help The Girl


 Eu sei que muita gente não gosta de musicais porque dizem não ter paciência para eles e sim, admito que muitos deles as vezes exigem uma maior atenção e força de vontade para terminar de assistir, mas esse é diferente.
 O enredo fala sobre uma garota chamada Eve, interpretada pela linda Emily Browning, que tem problema de anorexia e foge do hospital em que está internada. No caminho ela conhece James (Olly Alexander, aquele que participou dos episódios da Cassie na sétima temporada de Skins, o magrinho, não o grego gigante), um rapaz que adora música, mas é bem cético quanto a tudo. Eles começam a morar juntos em um apartamento e, em meio a sua amizade ela é apresentada para Cassie (que é interpretada pela Hannah Murray, aquela que faz a Cassie em Skins, o que eu achei irônico e maravilhoso porque não tem melhor Cassie que a Hannah), uma garota extrovertida e adorável que vira amiga dela.
 Nesse verão em Glasgow eles montam uma banda e começam a tocar músicas que ficam na sua cabeça, fazendo com que você queira assistir o filme diversas vezes por causa da voz e da interpretação da Emily.
 O interessante sobre o filme inteiro é você ver a transição da adolescência para a juventude. Não sei quanto a vocês, mas há um ano e meio atrás eu não queria nem ouvir falar da palavra ´´futuro´´. Na minha cabeça eu tinha tudo planejado e não gostava quando as pessoas vinham falar do que eu deveria ou não fazer com a minha vida.
 Eu ainda não gosto, mas com esse filme eu entendi um pouco que, não importa o quão maravilhoso é não ter responsabilidades, elas chegam a você e se tem que respirar fundo e arcar com as consequências. Não quer dizer que você vai deixar de fazer coisas que gostava, apenas significa que você terá de organizar seu tempo e seu dinheiro da forma que for melhor para cumprir seus deveres e viver seus direitos.

4)Tres Metros Sobre El Cielo

 Eu já falei sobre um filme que me fez querer me apaixonar e viver feliz para sempre. Esse filme não é assim. Quer dizer, você fica querendo se apaixonar perdidamente por um motoqueiro rebelde... até chegar o final do filme e você quer matar os dois personagens e arrancar seu coração para colocar numa caixa que nem o Davy Jones de Piratas do Caribe.
 O filme conta o drama de Babi e Hace, um casal onde ela e ele são os opostos perfeitos. Babi é certinha e filhinha de papai, só tem notas altas e é bem mimada, já Hace é um rapaz que, apesar de ter uma família de classe média alta, é bem rebelde e não mora com os pais, mas sim com o irmão por conta de algumas brigas que o filme explica para vocês.
 A questão inteira do filme é que ele faz de tudo para que ela goste dele, mas você percebe com o passar do enredo que aquela história de que os opostos se atraem pode até ser verdade, mas não é o ideal na vida de um casal, principalmente quando eles são diferentes de forma tão extrema quanto esses dois.
 Enquanto você assiste o drama do casal percebe  que as vezes a paixão por outra pessoa é tão intensa que fica insuportável. Não digo amor, porque não acho que o amor faça tão mal, mas a paixão é algo forte e que te deixa confuso e com a cabeça nas nuvens.
 Esse filme é uma adaptação do romance italiano de Federico Moccia e o nome no Brasil é Paixão Sem Limites. Apesar da adaptação que eu descrevi a cima ser do filme Espanhol, há também uma adaptação Italiana, que na minha opinião é tão incrível quanto o da Espanha, porém o italiano não tem continuação, já o Espanhol tem (sim, eu sofri em duas línguas diferentes, mais de uma vez porque vi as adaptações bem umas três vezes já).

5) Questão de Tempo

 Com o nome original sendo About Time, o filme é uma das melhores comédias românticas que eu já assisti porque nos faz entender que as vezes a rotina não é tão ruim quanto parece ser.
 A história fala sobre um rapaz chamado Tim que, ao completar 21 anos é surpreendido pelo seu pai com a notícia de que pode viajar no tempo, podendo voltar em qualquer ano que tenha vontade.
 Ele começa tentando concertar coisas pequenas e querendo conquistar uma garota que há alguns anos tinha perdido, mas com o passar dos anos e seu amadurecimento, ele conhece Mary e entende que a vida não é baseada no passado, mas sim no presente.
 Há várias coisas incríveis que posso destacar nesse filme, mas as principais são a relação pai e filho que existe e a questão de apreciar as pequenas coisas. Ambos os assuntos podem ser clichê, mas eu sendo filha e muito próxima de minha mãe sei que a melhor coisa do mundo é poder compartilhar certas coisas com uma pessoa que tem experiência e sabe te dar as respostas certas nos melhores momentos e, vindo desses conselhos, você acaba se livrando ou vivendo certas coisas que jamais viveria ou desviaria se não fossem pelos seus pais. O pai de Tim, em um dos momentos mais tocantes do filme, faz ele entender que, entre outras coisas, o passado é o que faz você ser quem você é hoje e as escolhas que você faz durante sua vida que te levaram as coisas mais maravilhosas que se pode viver, foram coisas como ´´quem vai dirigir´´ ou ´´o que vamos fazer hoje´´ que te deram lições de vida e histórias para contar no boteco no fim das contas.
 O principal mesmo é aproveitar cada instante do seu dia, não importa o quão cansativo ele esteja, não é certo pedir para que ele acabe rápido. Entenda que a sua volta muita coisa está acontecendo e, se você parar alguns minutos para olhar ao redor, contar estrelas, observar músicos ou admirar a beleza da garota que passou ao seu lado o seu dia vai ter pelo menos um ponto alto e é isso o que conta no fim da sua vida, as coisas maravilhosas que estão na sua frente e que, por causa do escritório, da janela fechada ou do cansaço você perde.




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